21 de jun. de 2011

DIA MUNDIAL DO REFUGIADO.

UNITED NATIONS HIGH COMMISSIONER FOR REFUGEES

O mundo recordou neste dia 20, o Dia Mundial do Refugiado, instituído em 2000 pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em solidariedade à África, continente que abriga o maior número de refugiados e que, tradicionalmente, já celebrava o Dia Africano do Refugiado nesta data.

É também a ocasião para aumentar a consciência da sociedade sobre a problemática dos homens e mulheres deslocados por guerras e conflitos armados ou perseguidos por motivo de religião, nacionalidade, raça, grupo social e opinião política.

Segundo um relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), o número de refugiados, solicitantes de asilo e deslocados não para de aumentar no mundo, e chegou a 44 milhões de pessoas em 2010. O dado curioso é que, ao contrário do previsto, 80% delas se encontram hoje nos países em desenvolvimento.
Cerca de 16 milhões em todo o mundo, mais de um quarto da população de refugiados, encontra-se apenas em três países: Paquistão, Irã e Síria.
“Aos refugiados que provêm de diversos países africanos e se vêem forçados a deixar seus entes mais queridos, que chegue a solidariedade de todos. Que os homens de boa vontade sintam-se inspirados a abrir o coração ao acolhimento, para que se torne possível, de maneira solidária, acudir às necessidades de tantos irmãos”, disse o papa Bento XVI em um de seus textos sobre os refugiados.
“Diante desta situação mundial o desafio é sem dúvida ‘abrir o coração ao acolhimento’, superar preconceitos e entraves, até mesmo legais, e fraternalmente ‘acudir às necessidades de tantos irmãos’. Mas o que significa concretamente fazer isso na realidade brasileira e a partir dos solicitantes de refúgio e àqueles que já usufruem dessa condição?”, destaca a diretora do Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH) e assessora da Pastoral da Mobilidade Humana da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, irmã Rosita Milesi.
No dia 19, o Alto-Comissário para os Refugiados, António Guterres, visitou na ilha de Lampedusa (Itália) um grupo de refugiados que recentemente deixaram a Tunísia e a Líbia.
Numa mesa-redonda com representantes de organizações não-governamentais, Guterres lembrou que a crise política na Líbia motivou a fuga de um milhão de cidadãos e que apenas 2% desse montante desembarcaram na Europa. O representante da ONU pediu a abertura das fronteiras dos países europeus aos refugiados.
O Brasil assinala o Dia Mundial do Refugiado através da realização de diversas atividades. A Campanha “Calce os sapatos dos refugiados” é uma delas.
A iniciativa promove a tolerância e a integração dos refugiados e de outras populações, sob a orientação do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). O objetivo é sensibilizar a população a sentir na pele a vida de um refugiado, tomando consciência de seus problemas. Em várias cidades brasileiras, alguns refugiados vão confeccionar pratos típicos, outros farão apresentações artísticas: uma oportunidade para interagir com o público.
Em 2009, no Brasil, existiam 4.239 refugiados provenientes de 75 países diferentes. O Brasil é internacionalmente reconhecido como acolhedor. Em novembro de 2005, António Guterres realçou essa faceta, considerando-o “um país de asilo e exemplo de comportamento generoso e solidário”. O país tem desenvolvido inúmeras iniciativas com o objetivo de integrar os refugiados na sociedade. Empregá-los e torná-los economicamente autônomos são as maiores preocupações.
Dos países industrializados, a Alemanha é o que acolhe a maior população de refugiados, com pouco menos de 600 mil.
Segundo texto divulgado pelo Instituto Migrações e Direitos Humanos para o Dia Mundial do Refugiado 2011, fazendo alusão aos Samaritanos, o texto destaca que Jesus demonstrou que o amor ao próximo é um exercício de liberdade e profundo respeito ao ser humano. “Como a figura emblemática do samaritano (cf. Lc 10,25-37), que acolheu a uma pessoa vítima de violência e cuja vida estava ‘por um fio’, Jesus demonstrou que o amor ao próximo é um exercício de liberdade e profundo respeito ao ser humano. É decisão pessoal (escolha por romper a indiferença), é presença eficaz (retira da estrada, abriga e cuida dos ferimentos) e proteção (assegura a continuidade dos cuidados). Enfim, para as pessoas e as organizações que atuam junto aos refugiados, incluindo aqui os agentes do próprio Estado, fica o desafio, o apelo veemente do samaritano, na mensagem bíblica: “Tome conta dele e dela”.
Fonte: CNBB
PARA REFLETIR:
Ser um refugiado pode significar a negação da história de uma vida e a necessidade de se iniciar uma nova história. Imaginemos a dor de um refugiado diante da iminência da separação. É muito frequente famílias serem desagregadas nestes momentos em que a fuga é a única solução para se preservar a vida e, na maioria das vezes, estas famílias nunca mais se reúnem. Como vivem os filhos que não sabem onde e como estão seus pais? E como vivem os pais que não sabem onde e como estão seus filhos?
Que ao olharmos para os nossos irmãos refugiados, tenhamos em mente o maior mandamento! Amemos ao próximo como a nós mesmos!

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